
UMA JORNADA POÉTICA PARA A REINVENÇÃO DA VIDA
Em um mundo acelerado e solitário, onde o sofrimento psíquico é tratado como falha individual, Pílulas, de Juliano Napoleão, irrompe como manifesto, convocação poética para a mudança. Com gentileza, a obra faz um convite incisivo para uma jornada íntima e coletiva de reinvenção da vida em busca de bem viver.
A trajetória transdisciplinar do autor — poeta, filósofo, educador, jurista e artista multimeios — floresce em cada página e entrelaça pensamento crítico e delicadeza lírica. Essa fusão confere à obra um vasto e denso horizonte, que se desenha em profunda interlocução com saberes ancestrais e vozes seminais da cultura brasileira e mundial.
Além das páginas, o projeto fomentado pela Política Nacional Aldir Blanc, levou poesia a corredores de postos de saúde de regiões periféricas no interior de São Paulo, por meio de instalações criadas pelo artista plástico Deraldo Ferreira Neto. A obra foi distribuída em escolas públicas e bibliotecas comunitárias, na implementação de uma ação territorializada de promoção de saúde, educação e cultura.
Cada poesia é uma pílula, sim. Mas não no sentido farmacêutico da palavra. São pílulas de sentido, de amor, de crítica, de esperança. Pequenas doses de vida que se recusam a padecer passivamente.
Ao ler, você pode se emocionar, se reconhecer ou se estranhar. Rir, chorar, conversar, discordar: tudo é bem-vindo. Pílulas pretende ser movimento poético de desconstrução e reencontro de si e do mundo, em comunhão com a natureza. É feito para ser lido e vivido com o corpo inteiro. De cabeça e coração abertos, sem pressa.
JULIANO NAPOLEÃO – ARTE, PENSAMENTO CRÍTICO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Educador, filósofo, jurista, músico, compositor e artista multimeios, Juliano Napoleão estreia na poesia com Pílulas, obra que entrelaça rigor analítico e delicadeza lírica na leitura da crise contemporânea da saúde mental. Doutor em Filosofia do Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, atuou em organizações, universidades e instituições públicas — entre elas, o Conselho Nacional do Ministério Público, onde coordenou a criação da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais. Participou da concepção e implementação de projetos culturais, sociais, acadêmicos e institucionais, como João Cidadão, campanha de educação em direitos humanos premiada pela Presidência da República, e Teatro Filosófico, ação cultural que articula múltiplas linguagens artísticas para promover a democratização da filosofia. Recentemente, licenciou-se de suas atividades docentes e passou a transitar entre a cidade e um rancho às margens do Rio Tietê, assumindo o desafio de cultivar uma vida em coerência com seus valores — que transbordam generosamente nos versos de Pílulas.